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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

França, Brasil e
Literatura de Cordel
Biblioteca Menezes Pimentel(Fortaleza)
de 16 de outubro a 20 de novembro de 2009(exposição)


Os vinculos culturais do Brasil com a França vêm se estabelecendo ao longo da História.(Patativa do Assaré -Xilo de Ótavio Menezes ) Marcas dessas relações permanecem visíveis em nossas tradições populares, com destaque para o universo da chamada Literatura de Cordel. É onde vamos encontrar histórias e personagens de uma França medieval, que ganharam aqui no Brasil do século XX, novas dimensões, adaptados para os "romances" de cordel por poetas populares. Cantadores e cordelistas traduziram para nordestinês, da prosa arcaica, poemas tendo como núcleo narrativo as andanças, as bravuras, os sofrimentos e as ciências do imperador Carlos Magno e os doze pares de França, da Donzela Teodora, da Princesa Magalona, de Roberto do Diabo e de João de Caiais. Na França, o nosso Antonio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, recebeu o titulo de Doutor Honóris (Leandro Gomes de Barros - Xilo de Guaipuan Vieira) Causa. Na França, o professor Raimond Cantel, da Universidade de Sorbone orientou os estudos sobre o nosso Cordel e trouxe os resultados para Fortaleza, iniciando em fins da década de 70, uma discussão, a qual, de tão proveitosa, conseguiu revitalizar a Literatura de Cordel no Ceará. Da França, Martine Kunz veio para Fortaleza e aqui fixou residência. É outra apaixonada pela Literatura de Cordel, tendo, hoje, várias pesquisas publicadas sobre o assunto. (xilo de Marcionilo Pereira(Nilo) A exposição que ora organizamos tem o objetivo de mostrar o universo fantástico impresso no folheto de Literatura de Cordel - não mais existente nos países de origem, como a França - fazendo um link com figuras que, de uma forma ou de outra, ressaltaram a importância da nossa Literatura Popular.

Por Otávio Menezes(poeta, xilógrafo e históriador)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Xilos de Guaipuan Vieira







Guaipuan Vieira é um poeta piauiense. Radicou-se em Fortaleza(CE), no inicio da década de 70. Cedo enveredou pelos caminhos da poesia popular. No inicio da década de 70 andou esculpindo algumas carrancas, figuras de proa, para ilustração do livro Carrancas do São Francisco, do profº Paulo Pardal, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi através dessa experiência que descobriu a xilogravura. A partir de então seus cordéis também são enriquecidos com essa arte milenar. A xilogravura surgiu há milênios na china e se afirmou durante a Idade Média, através de invariáveis confecções de baralhos. Era apenas técnica de reprodução de cópias. No século XVIII, a xilo em cores, técnica japonesa, começa a chegar à Europa. Processo que só se desenvolveu no Ocidente a partir do século XX. No Brasil, a priori, a xilogravura representou uma alternativa de substituição do clichê, como forma rápida para ilustração de poemas de cordel, em obras de Lendro Gomes de Barros. Foi sem dúvida a mais autêntica alternativa, xilo e cordel. As ilustrações com ricas particularidades na elaboração do desenho de cada gravador, foram se difundindo, conquistando espaço. Segundo pesquisadores um dos primeiros gravadores no Brasil, foi José Martins dos Santos. (Professor Helder Campos)

domingo, 11 de outubro de 2009




A professora de literatura e poetisa Sharleny Vieira, filha do renomado poeta cordelista Guaipuan Vieira, está visitando a Europa, mas precisamente, Portugal, Italia e França, onde manterá intercâmbio cultural com diversas Universidades, ela represanta o Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste CECORDEL. Foto em Coimbra.