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sexta-feira, 25 de março de 2011

Fagner,Luiz Gonzaga,Oswaldinho do Acordeon e Sivuca

É bom que se diga que a aceitação do acordeon como instrumento clássico para a elite musical no Brasil só se deu depois do avanço progressista do cantor e compositor LUIS GONZAGA, em composições que muito decantou os sertões aprazíveis do Nordeste brasileiro. Foi, sem dúvida, Luiz Gonzaga quem quebrou o preconceito social dessa gente. Luiz enalteceu o acordeon, valorizou essa cultura tão nossa, deu credibilidade a todos os sanfoneiros, soube devolver para a Europa não o instrumento, mas as composições que o fez imortal. Hoje SANFONAS e ACORDEONS vivem um só ritmo por todo o Brasil, com concentrações no Nordeste, mantendo viva esta tradição. Por outro lado é importante ressaltar que essa progressão para a grande massa foi possível pela força do Rádio, proveniente dos programas nesse gênero, o que ainda perdura essa preservação, que só contribui para que a nova geração conheça esse gênero musical raiz que inspirou outros gêneros musicais.

Guaipuan Vieira(*)- da equipe de locutores da Rádio Pitaguary –AM 1340 khz – Maracanaú-CE – (*)poeta, radialista forrozeiro e historiador
Reflexões do dia a dia
(Prefácio)

O sentimento do poeta quando sobrepõe ao emocional, surgem-lhe deste conflito ricas manifestações poéticas que, quando coadunadas à simplicidade do versejar, somam-se ao perfeito, conquistando com isto a aprovação do público leitor. Assim faz Maria Luciene que, através de “Reflexões do dia a dia”, um canto de esperança ao seu mundo sobrenatural, porque o brilho de sua espiritualidade traduz, aqui para nós, a manifestação de uma poesia descritiva, onde a dor se converte em prece, as lágrimas em sentimentos e o infortúnio em inspirações. Dessas, eis o despertar destes versos.
“Andei e descobri
corações de pedra,
passos sem rastros
e liberdade presas.
Descobri jardins de espinhos,
raios de lágrimas
e solidão.”

A imaginação se projeta ao indivisível. Circulam em torno de si personagens que lhe dão a forma de fazer versos livres, porque o poeta é um compromissado com a arte e com a vida. Estimulada por este mundo, busca, na aurora do tempo, a avassaladora poesia:

...“Há um segredo que não se mostra na face.
Mas quem o guarda conhece-lhe a dor.
A mente liga-se ao coração na amargura.”

Luciene é uma poetisa de verve nordestina, em passagem pela Literatura de Cordel, conquistou seu espaço literário. Não seria extraordinário a ênfase a esta obra, se não revelássemos a herança que tem. Porque ainda que a vida seja finita, o encadeamento de ações, gestos e conquistas tornam eterno, assim, o ato de existir sem fugir às raízes.

“Em minha infância feliz
Escrevi até meus rastros.
Fazia tantos livrinhos,
De folhas de matapasto.”
(...)
“Assim levando a vida
Cheios de golpes e romances
Nasceu uma poetisa
E um livro ao seu alcance.”

Resta-nos esclarecer que és poluidora de um mundo cheio de emotividade que a faz porta-voz de si mesma, porque em quase tudo que descreve, vê-se a sua acentuada poesia. Está de parabéns pela espontaneidade na construção dos versos o que a tornam pura como o vento que sopra a jangada no alto mar, fazendo feliz a tripulação, porque tem n’alma a perseverança no amanhã.
Guaipuan Vieira
Poeta,radialista e historiador