quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
POETA CARIRI DO CORDEL E AS PLANTAS MEDICINAIS
O poeta cordelista Cariri do cordel, piauiense e radicado em Fortaleza, Ceará
escreveu recentemente A HISTÓRIA DAS PLANTAS E RAÍZES MEDICINAIS, trata-se de um
cordel que fala da importância das ervas medicinais e da maneira correta de
fazer uso. É um interessante cordel, pioneiro nesse gênero.
Das plantas medicinais/E raízes vou falar,/Expondo neste cordel/O seu valor exemplar/Que através das substâncias/Algum mal pode curar./
Pois o chá da erva COLÔNIA/É bastante essencial,/Promove a longevidade,/Cura dor abdominal,/Com úlcera e até insônia/E o espasmo facial./O chá da erva MALVA-RISCO/É contra a tosse e bronquite,/Mau hálito e suor frio,/Rouquidão e faringite,/Alta irritação nos olhos,/Secreção nasal, gastrite./Já a folha da CORAMA/Pra saúde é exemplar/Combate asma e bactérias,/Verruga e dor muscular,/Diabete e coqueluche,/Faz a ferida sarar./ERVA-CIDREIRA,seu chá/Tem uma ótima ação:/Faz diminuir estresse,/Ameniza a depressão/E problema no estômago/Controla a má digestão(...)
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Boi imperador da Ilha
Em dezembro de 2020 o poeta e radialista
Guaipuan Vieira esteve em Teresina Piauí, oportunidade que visitou a Tenda do Boi
Bumba, do Mestre Raimundo Gomes Araújo idealizador do grupo Boi bumba Imperador
da Ilha. Tomou conhecimento da confecção do boi e do pandeiro, instrumento de
percussão utilizado naquela brincadeira e fabricado por Antônio Neto. O
pandeiro é feito de madeira de Jenipapo. A grade mede 18 cm cúbicos. A cobertura
é com couro de bode.A confecção deste instrumento musical tem um segredo, a
madeira deve ser tirada na lua cheia, quando ela está propícia ao corte. O
Imperador da Ilha foi fundado no bairro Piçarra em 1934 por Dona Eva, Raimundo
Cambota e Antônio Araújo. A tradição se mantém a 86 anos, de pai para filho. Os
ensaios são realizados na sede, na Av. Barão de Castelo Branco nº 600, Bairro
Cidade Nova, em frente à praça das comunicações, em Teresina. Nas fotos vê
Guaipuan com Mestre Araújo e Antonio Neto,sendo presenteado com um pandeiro. A
outro foto é Dona Eva, a primeira mulher nordestina a idealizar a brincadeira de
boi bumba, no Piauí. "O meu boi morreu /que será de mim/manda buscar outro,
maninha/ lá no Piauí". Canção de Eduardo das Neves.
sábado, 3 de outubro de 2020
ANIVERSÁRIO
Mês de setembro, dia 11 é a data de aniversário do poeta Guaipuan Vieira.
São 45 anos produzindo literatura de cordel. Em 2020, respeitando as normas do
Ministério da Saúde, recebeu em sua residência a visita do grupo musical Os
Coroas de Maracanaú. Comemorou com a família a passagem dos seus 69 janeiros,
ao som de muito forró. O poeta compõe a equipe de locutores da rádio Pitaguary
e da rádio Poran, e pertence ABLC -Academia Brasileira de Literarura de Cordel.
Parabéns, Guaipuan! Vida longa e muita poesia.
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
NÃO DÊ CARONA AO CORONA
Autor: Gerardo Carvalho Frota (PARDAL)
Tenho que ser mais ligeiro/
Do que um vírus traiçoeiro/
Que apareceu pelo mundo./
U’a doença ele promove/
É a Convid-19/
E seu ataque é profundo!/
É muito certa a história/
Que a via respiratória /
Ele costuma atacar./
Se não tiver imunidade/
É esta a pura verdade:/
O bicho pode matar.../
Onde age este infeliz? /
Nos olhos boca e nariz /
Ele atua principalmente. /
As gotinhas que expelirem /
Ao espirrarem ou tossirem/
Podem contaminar a gente.../
Gotinhas podem conter/
Mihões de vírus e ser/
Capazes de transmitir./
Pro outro que está ao lado/
Por isso tenha cuidado/
Ao espirrar ou tossir./
Ele pega pelo ares/
Nas mesas e celulares/
Computadores teclados./
Vá limpando tudo isso /
Pois temos o compromisso /
De não sermos atacados.../
Distância de metro e meio/
Deve ser o entremeio /
Em uma aglomeração./
Se há pessoa infectada /
Sem ser diagnosticada /
Já pode haver transmissão... /
Tão inventando na China /
Um remédio ou uma vacina/
Pra esta coisa parar./
Por enquanto só cuidado /
Porque esse bicho danado
Tá botando é pra matar/
Como manter a distância /
E também a vigilância/
Contra este vírus terrível? /
Lave com água e sabão /
O rosto os olhos e a mão /
E assim será combatível!/
Não toque no rosto não/
Sem a higienização /
Nem na boca e no nariz./
Passe gel no celular/
E em objeto que usar /
Nos brinquedos infantis./
Nada de beijos e abraços/
Tem que aumentar os espaços/
Entre você e seu irmão./
Mais de longe conversar /
E pra nos cumprimentar /
Não tem aperto de mão. /
Máscara comum serviria/
Pra pessoa doentia /
Não contaminar ninguém?
Só a N95 É/
Que cumpre com afinco/
Esta função muito bem!/
Mas o que é que a gente sente /
Pra saber que está doente /
Com esta “gripe perigosa”? /
Fadiga recalcitrante /
A febre perseverante /
E tosse seca escabrosa. /
Difícil respiração /
Por problema no pulmão /
Bem como o corpo doído. /
Se diarreia e coriza vêm/
Podem ser sinais também /
É bom ficar esclarecido./
Se os sinais forem chegando /
É bom logo ir procurando/
Unidade de Saúde. /
E se o caso confirmar /
Em casa tem que ficar /
Esta é a melhor atitude... /
Crianças pegam o corona?/
Poucos casos vieram à tona /
Mas também são vulneráveis. /
Os mais de 60 é a tônica /
E os que têm doença crônica /
Sem condições favoráveis!/
Pois este tal de Corona/
No pulmão pega carona /
Traz na mala uma infecção/
Passa pra pneumonia /
Depois de muita agonia /
Falência múltipla então. /
Fortaleza(CE), Abril 2020/
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
O poeta Guaipuan Vieira lançou recentemente Coronavírus, O Apocalipse do Século XXI. O cordel composto de 8 páginas, com versos em redondilha maior. Confira algumas estrofes:
Ao longo da caminhada/
Com bênção do Pai divino/
Vivenciei muitas pestes/
Testemunhei desatino/
Não igual esse Corona
Que a alma do ser detona/
Mudando até seu destino./
Vejo o mundo em desespero/
O luto batendo à porta/
Pessoas de quarentena/
Outras velando uma morta/
É um cenário tristonho/
E esse vírus tão estranho/
U'a mensagem nos reporta./
O Covid-19/
Como foi denominado/
Nos informa que não há/
Nenhum país preparado/
Pra súbito combater/
Qualquer mal a aparecer/
Como o covid chegado./
Mas o vírus renovando/
Seu cenário ele coordena/
Vai devastando a Itália/
E muitos choram com pena/
Até me falta uma rima/
Que cativa a alta estima/
Por eu ver tristonha cena./
Já se espalhou pelo mundo/
Pandemia foi gerada/
Muitos mortos e doentes/
E mais gente infectada,/
É um pranto absoluto/
O Planeta está de luto/
Com a natureza assustada./
Foi na China que esse vírus/
Surgiu pra fazer história/
Acordar a humanidade/
Seguir nova trajetória/
Fugir da devassidão/
Ter a vida de cristão/
Como quer o Pai da glória./
A humanidade se achava/
Com arbítrio ilimitado/
Liberdade absoluta/
E o Supremo ignorado/
Como em Gomorra e Sodoma/
Do cristão somente coma/
Nos delírios do pecado./
O vírus chegou de súbito/
Sobre determinação/
De alertar a espécie humana/
Entre toda habitação/
Parasse por um momento/
E olhasse pra o firmamento/
Ver Deus, a nossa razão./
Muitas famílias de luto/
Chorando o ente querido/
No meio se encontra o justo /
Tendo coração sofrido/
Devido o pranto da dor,/
Por causa do pecador/
Que ao Deus Pai não dá ouvido./
Surgiram muitas tragédias/
Na história da humanidade/
E poucos sabem entender/
A grande finalidade/
Do Supremo, essa atitude/
É de mostra finitude/
Na vida sem vaidade. (...)
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
MORRE ARTISTA PLÁSTICO J.VICTTOR
Xilogravura de Santa Teresa. Um
manifesto artístico para salvar o bairro de Santa
Teresa do abandono. É uma das inúmeras obras artistas de J.
Victtor, confeccionadas
Faleceu na manhã
do dia 20 de setembro, em sua casa, no bairro de Santa Teresa, no Rio de
janeiro, o artista plástico e poeta popular J.Victtor. Ele nasceu em Belo
Horizonte, mas vocacionado com arte, cedo se mudou para a capital fluminense onde estudou pintura acadêmica no Liceu de Artes e Ofícios, e música na
Escola de Música Villa-Lobos. Como fotógrafo, herança do pai, nos seus 28
anos em que trabalhou com publicidade, fez fotografia, ilustração e direção de
arte. Escreveu diversos cordéis, satíricos e históricos, desses destacamos O
CANGAÇO, SUA ORIGEM E OS BRAVOS CANGACEIROS, edição –
ABLC, 2006. Cordel comentando no livro CANGAÇO: uma ampla bibliografia
comentada, do pesquisador Melquides Pinto Paiva, livro da Editora IMEPH,
2012, que descreve: “Este é um bom folheto da literatura de cordel. Logo no
início estabelece a hierarquia da violência no sertão: cabra, capanga, jagunço,
pistoleiro e cangaceiro. Descreve os modos de vida dos cangaceiros e destaca a
importância dos coiteiros; fala sobre as tropas volantes e as violências
praticadas contra sertanejos; indica a origem do cangaço, tipos de cangaceiros
e os seus principais representantes, desde Cabeleira até Corisco, com grande
destaque para lampião”, conclui o autor. Victtor foi membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA CORDEL – ABLC. Segundo
sua esposa Paula Schuabb, seu falecimento foi repentino e tristonho, um grande
susto para a família e amigos. O poeta guaipuan Vieira, que pertence a
ABLC, foi rápido nos versos e escreveu:
Quando
morre um grande artista
O tempo fica silente
Cultuando
uma tristeza
Sentimento
de sua gente;
Porém
conserva a história
Para
ficar na memória
O
seu passado presente.
J.
Victor então partiu
Nas
assas de seu destino
Cumpriu
o ciclo de vida
Porém
se foi repentino,
Deixando
esse triste aviso
No céu badalar seu sino.
Apenas muda a morada,
Será sempre apreciada,
Entre muitas gerações
Nos mais longínquos rincões
Onde a arte é decantada.
Também
escreveu cordel
Teve um folheto citado
Em livro paradidático
No Ceará rico estado.
Mas J.
Victor está vivo,
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