O RATO E OS MENSALEIROS
Por Guaipuan Vieira
Na década de 60, uma tia por parte de
pai, poetisa Joaquina Viana, que residia em Teresina, Piauí,
contou-me uma estória que me lembra bem o que vem ocorrendo com os líderes
do esquema Mensalão. Esse fato só me veio à lembrança, quando da apresentação do
programa Canto Sertanejo,-15/12/2013 - na Rádio Pitaguary, o ouvinte Sr. José
Aires, residente em Fortaleza, contou-me em Off, a estória de um porco, uma cabra e um galo,
que criava em propriedade rural. A semelhança foi à deixa para descrever o que
tia me contara.
NO TEMPO QUE OS BICHOS FALAVAM
No tempo que os bichos falavam, um
rato muito esperto e que procurava ser reconhecido no seu reino animal,
aproveitando a seca daquela
época, fez um acordo com um galo,
um porco e um boi,
no sentido de fornecer-lhes alimento, mas em troca eles os ajudaria na sua
campanha que disputava no Reino do Leão, que seria primeiro ministro. Os
animais que estavam famintos aceitaram a proposta.
O rato atacava as residências, mais
direcionado aos depósitos de mantimentos condicionados para suprir àquela
seca. Muito astuto furava alguns buracos na parede dos depósitos e rasgava
sacos de feijão, milho, arroz, entre outros gêneros. Os grãos facilmente eram
liberados e caiam em área de livre acesso para os comparsas.
O Boi de imediato reclamou,
informando que aqueles produtos não eram seu alimento e que estava fora do
esquema. O Rato para solucionar o problema informara que forneceria o alimento
desejado, desde que o ajudasse. O boi concordou. O rato cortava as cordas das
portas de depósitos que continha xique-xique e mandioca
ressecada permitindo o
alimento do boi. Mas este também era egoísta, queria outros alimentos e não
conseguindo foi à Suprema Corte denunciar o Rato.
As famílias ao tomarem conhecimento do
esquema pelo delator, armaram ratoeiras para pegar o rato criminoso.
Certo dia o dono da casa descobriu que os animais os traiam. Ouviu o barulho da armadilha, e
correu para pegar a
caça, mas foram surpreendidos com uma cobra presa. Na ânsia de livrar-se da
peçonhenta, essa que era venenosa, terminou fugindo e na fuga picou uma velha
que assistia a cena... A senhora foi levada às pressas a um médico e esse lhe
deu remédio e receitou-lhe repouso e
caldo de galinha.
A família ficou desesperada pelo fato
de as últimas galinhas estarem chocas. Terminaram matando o galo. Os filhos e netos que residiam em outros lugarejos foram visitá-la.
O chefe da casa matou o porco para alimentá-los. Mas a velha
terminou morrendo. A casa encheu-se de familiares e amigos. Muita gente.
O único jeito foi matar o boi.
O rato que estava escondido no penhasco de
uma casa acompanhava os acontecimentos e consigo dizia: todo delator é manso,
traiçoeiro e perigoso, mas eu lhe disse que não dava certo. Eis o resultado.
Moral da estória:
A semelhança dessa estória com os cabeças do Esquema MENSALÃO, lembra
o JEFFERSON, o delator, que representa o BOI; o GALO representa JOSÉ DIRCEU, o porco, JOSÉ GENUÍNO e o RATO é o LULA, que permanece
blindado por sua equipe e aliados, como se nada soubera.
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