MORRE ARTISTA PLÁSTICO J.VICTTOR
Xilogravura de Santa Teresa. Um
manifesto artístico para salvar o bairro de Santa
Teresa do abandono. É uma das inúmeras obras artistas de J.
Victtor, confeccionadas
Faleceu na manhã
do dia 20 de setembro, em sua casa, no bairro de Santa Teresa, no Rio de
janeiro, o artista plástico e poeta popular J.Victtor. Ele nasceu em Belo
Horizonte, mas vocacionado com arte, cedo se mudou para a capital fluminense onde estudou pintura acadêmica no Liceu de Artes e Ofícios, e música na
Escola de Música Villa-Lobos. Como fotógrafo, herança do pai, nos seus 28
anos em que trabalhou com publicidade, fez fotografia, ilustração e direção de
arte. Escreveu diversos cordéis, satíricos e históricos, desses destacamos O
CANGAÇO, SUA ORIGEM E OS BRAVOS CANGACEIROS, edição –
ABLC, 2006. Cordel comentando no livro CANGAÇO: uma ampla bibliografia
comentada, do pesquisador Melquides Pinto Paiva, livro da Editora IMEPH,
2012, que descreve: “Este é um bom folheto da literatura de cordel. Logo no
início estabelece a hierarquia da violência no sertão: cabra, capanga, jagunço,
pistoleiro e cangaceiro. Descreve os modos de vida dos cangaceiros e destaca a
importância dos coiteiros; fala sobre as tropas volantes e as violências
praticadas contra sertanejos; indica a origem do cangaço, tipos de cangaceiros
e os seus principais representantes, desde Cabeleira até Corisco, com grande
destaque para lampião”, conclui o autor. Victtor foi membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA CORDEL – ABLC. Segundo
sua esposa Paula Schuabb, seu falecimento foi repentino e tristonho, um grande
susto para a família e amigos. O poeta guaipuan Vieira, que pertence a
ABLC, foi rápido nos versos e escreveu:
Quando
morre um grande artista
O tempo fica silente
Cultuando
uma tristeza
Sentimento
de sua gente;
Porém
conserva a história
Para
ficar na memória
O
seu passado presente.
J.
Victor então partiu
Nas
assas de seu destino
Cumpriu
o ciclo de vida
Porém
se foi repentino,
Deixando
esse triste aviso
No céu badalar seu sino.
Apenas muda a morada,
Será sempre apreciada,
Entre muitas gerações
Nos mais longínquos rincões
Onde a arte é decantada.
Também
escreveu cordel
Teve um folheto citado
Em livro paradidático
No Ceará rico estado.
Mas J.
Victor está vivo,
Nenhum comentário:
Postar um comentário