Escute a Rádio Poran. Clique aqui.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MORRE ARTISTA PLÁSTICO J.VICTTOR





  
Xilogravura de Santa Teresa. Um manifesto artístico para salvar o bairro de Santa
Teresa do abandono.  É uma das inúmeras obras artistas de J. Victtor, confeccionadas
 no segundo semestre de 2014.
   
     Faleceu na manhã do dia 20 de setembro, em sua casa, no bairro de Santa Teresa, no Rio de janeiro, o artista plástico e poeta popular J.Victtor. Ele nasceu em Belo Horizonte, mas vocacionado com arte, cedo se mudou para a capital fluminense onde estudou pintura acadêmica no Liceu de Artes e Ofícios, e música na Escola de Música Villa-Lobos.  Como fotógrafo, herança do pai, nos seus 28 anos em que trabalhou com publicidade, fez fotografia, ilustração e direção de arte. Escreveu diversos cordéis, satíricos e históricos, desses destacamos O CANGAÇO, SUA ORIGEM E OS BRAVOS CANGACEIROS, edição – ABLC, 2006. Cordel comentando no livro CANGAÇO: uma ampla bibliografia comentada, do pesquisador Melquides Pinto Paiva, livro da Editora IMEPH, 2012, que descreve: “Este é um bom folheto da literatura de cordel. Logo no início estabelece a hierarquia da violência no sertão: cabra, capanga, jagunço, pistoleiro e cangaceiro. Descreve os modos de vida dos cangaceiros e destaca a importância dos coiteiros; fala sobre as tropas volantes e as violências praticadas contra sertanejos; indica a origem do cangaço, tipos de cangaceiros e os seus principais representantes, desde Cabeleira até Corisco, com grande destaque para lampião”, conclui o autor. Victtor foi membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA CORDEL – ABLC. Segundo sua esposa Paula Schuabb, seu falecimento foi repentino e tristonho, um grande susto para a família e amigos.  O poeta guaipuan Vieira, que pertence a ABLC, foi rápido nos versos e escreveu:
 
Quando morre um grande artista
   O tempo fica silente
Cultuando uma tristeza
Sentimento de sua gente;
Porém conserva a história
Para ficar na memória
O seu passado presente. 
 
J. Victor então partiu
Nas assas de seu destino
Cumpriu o ciclo de vida
Porém se foi repentino,
Deixando esse triste aviso
Porque cedo foi preciso
No céu badalar seu sino. 

 
O artista nunca morre
Apenas muda a morada,
Sua arte tão expressiva
Será sempre apreciada,
Entre muitas gerações
Nos mais longínquos rincões
Onde a arte é decantada.  
 
Também escreveu cordel
      Teve um folheto citado
      Em livro paradidático
No Ceará rico estado.
Mas J. Victor está vivo,
      Deixou arte para cultivo
      Sempre será estudado.
 
home page de j.victtor

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário