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quarta-feira, 10 de junho de 2009

CULTURA:

SONETILHO
Normalmente o soneto tem verso de dez ou doze sílabas, sendo os metros curtos (geralmente redondilhas) próprios da trova, da glosa ou de outros gêneros mais populares (mais fáceis de transmitir oralmente) como a poesia de cordel. Entretanto, nada impede que o sonetista adote o verso de pequeno fôlego, desde que sua criatividade supere a limitação. Muitos poetas renomados adotaram/adotam esse gênero, como Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa. Dos poetas populares temos exemplos de Hermes Vieira, Domingos Fonseca, Guaipuan Vieira, Siqueira de Amorim, dentre outros poetas.

O professor Helder Campos, certamente iluminado pelo espírito de seu pai, o falecido Carlos Campos, poeta, que apesar da pouca instrução em bancos de escola, era um autodidata, culto e conhecedor dos mais variados temas, faz uma homenagem à sua musa inspiradora que reside na cidade de Palmácia, estado do Ceará, com este sonetilho, que exalta uma poética sem jaça, intitulado ROSA BRANCA. Ei-lo:

Rosa branca de Palmácia
Luz que acalma os meus ais
Ter-te a meu lado é um alento
Perder-te? Nunca... jamais.

Você chegou como um sonho
Sem querer foi se alojando
Foi ficando e de repente
Meu coração dominando.

Minha amada e doce flor
Companheira tão querida
És dona do meu amor.

Quero você só pra mim
Te amarei por toda a vida
Serei teu... até o fim.

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